Um fato inexplicável exigiu uma tomada de decisão atípica da arbitragem para os dias atuais no empate em 2 a 2 entre Inter e Nacional pela Libertadores. Estou falando do lance em que Wanderson colocou a mão na bola dentro da pequena área para tentar marcar um gol após cruzamento de De Pena.
O absurdo dessa jogada vai muito além da consequência ou inconsequência do gesto do atacante colorado. Isso porque a infração cometida por ele tirou a possibilidade clara de que Mauricio, que vinha logo atrás e sem goleiro, pudesse empurrar a bola para a rede.
A grande questão é que estamos falando de um jogo que conta com a utilização do VAR. Fica praticamente impossível tentar compreender o que se passou na cabeça de Wanderson ao executar tal movimento com a mão na direção da bola.
Jamais um gol assim seria validado na atualidade por conta da utilização do recurso eletrônico. Ou seja, mesmo que o juiz não tivesse percebido a infração, o árbitro de vídeo estaria ali para resolver.
Nem precisou. O argentino Facundo Tello foi preciso ao apitar no campo, marcar a falta de ataque e aplicar o amarelo para Wanderson. A regra diz que um jogador que tentar usar a mão para marcar um gol (não é necessário que consiga) deve ser advertido.
Em resumo, Wanderson levou um cartão de graça por meter a mão na bola na tentativa de fazer um gol em um jogo com VAR.
O confronto no Beira-Rio também teve outras duas decisões capitais da arbitragem. Uma delas foi o gol anulado do Inter. A decisão do juiz foi correta porque a bola bateu no braço de Pedro Henrique antes da finalização. Isso anula a jogada uma vez que foi ele mesmo que concluiu a jogada para o gol.
A outra decisão foi em um pênalti reclamado de Gabriel Mercado em uma cobrança de escanteio. O zagueiro sente o contato do adversário e se projeta no gramado protestando a infração, que não houve. O juiz acertou no campo e não precisou da interferência do VAR.
Foi um típico jogo de Libertadores. Bastante movimentado. A arbitragem teve trabalho, mas agiu bem para legitimar o resultado.