O gol anulado do Inter no empate em 1 a 1 com o Coritiba causou polêmica. O árbitro Wagner do Nascimento Magalhães validou a jogada no campo, mas voltou atrás após ser chamado pelo VAR.
A dificuldade do lance já começa por ser uma situação de impedimento em que a tomada de decisão do árbitro de vídeo não é factual. Ou seja, o juiz principal precisa ir no monitor à beira do gramado para interpretar se houve interferência de um jogador que não toca na bola.
Cheguei a mudar de opinião à medida que as imagens eram apresentadas na transmissão. O que está em discussão é a interferência de Pedro Henrique no goleiro do Coritiba. O fato é que Pedro Henrique estava em posição de impedimento no momento do chute de Alemão.
Há alguns lances que estabelecem um conflito entre o que estamos vendo e o conceito da regra do jogo. Esse é um bom exemplo disso, pois são muitos elementos que precisam ser levados em conta.
Há três aspectos que considero importantes para caracterizar a infração. O principal deles é a proximidade entre Pedro Henrique e o goleiro do Coritiba. Ele está muito perto no momento da ação do adversário. Além disso, o atacante tenta claramente jogar a bola e se coloca em condição de disputa.
A proximidade associada ao movimento de jogar e disputar causa um impacto no goleiro adversário. Por esses motivos, considero que houve acerto da arbitragem na anulação do gol.