A falta de qualidade do jogo entre Grêmio e Chapecoense deu ainda mais protagonismo para o lance que representou a expulsão de Bitello. Fica até difícil tentar descrever o lance de uma maneira futebolística sem apelar para definições das artes marciais. Isso porque a entrada do volante gremista em Perotti foi praticamente um golpe de karatê.
Até não acredito que Bitello tenha cometido a infração de forma proposital ou com a maldade de querer acertar o adversário daquela maneira. O volante estava olhando para a bola, não considerou a aproximação do adversário, levantou demais a perna e quando se arrependeu já era tarde. Isso não diminui em nada a gravidade da infração. A expulsão de Bitelo foi indiscutível. Não há debate possível em um lance assim.
A curiosidade é que a aplicação do vermelho direto representou um fato inacreditável. Acontece que o Grêmio cometeu apenas uma falta no primeiro tempo contra a Chapecoense. E nada mais. Uma infração apenas e algo tão grave. Para completar, o técnico Roger Machado ainda levou um amarelo por reclamação no final do primeiro tempo.
O resultado disso é que o Grêmio fechou os primeiros 45 minutos de partida com apenas uma falta cometida e dois cartões recebidos, o vermelho de Bitello e o amarelo de Roger.
A arbitragem comandada por Paulo Roberto Alves Júnior acertou também no lance em que o Grêmio reclamou pênalti no comecinho da partida. Houve uma finalização de Biel em que a bola bateu no braço do defensor da Chapecoense dentro da área. No entanto, a infração não ocorreu. O braço estava perto do corpo e fica clara a intenção de proteção do defensor.