Por mais que tenha muito para evoluir e seja alvo de questionamentos quando está em ação, o VAR faz muita falta quando não está em ação. Cada vez mais a presença do recurso eletrônico se torna indiscutível. Isso ficou claro na derrota por 3 a 2 do Grêmio contra o Mirassol, que representou a eliminação do time gaúcho da Copa do Brasil.
É verdade que o lance que mais exigiu a presença do árbitro de vídeo foi de um gol marcado pelo Grêmio. Só que é justamente esse tipo de situação que prova a falta que o VAR faz no futebol. Isso porque estamos falando de uma jogada em que a interferência seria por impedimento.
O gol marcado por Bruno Alves não é um lance fácil. Na imagem parada, o defensor aparece com o tronco inclinado à frente do penúltimo defensor. Cabe reforçar aqui que o braço dos adversários não tira o impedimento, de acordo com a regra 11. Eram muito jogadores no bolo e isso complica bastante a percepção do assistente Victor Hugo dos Santos.
Esse tipo de lance é uma barbada para o VAR. Basta colocar as linhas no lugar certo e deixar a máquina resolver o resto. O recurso é infalível. Resolveria rapidamente a questão. Sem falar nos lances em que, por uma angulação de câmera, temos uma clara impressão de que a decisão correta é uma e o recurso eletrônico nos mostra outra.
Imagina se uma classificação para a fase seguinte da Copa do Brasil fosse decidida em um lance de impedimento não marcado ou até mal marcado?
Quem paga mais de um milhão pela classificação de uma equipe na fase inicial da competição nacional pode investir 30 mil reais para colocar o VAR em ação. Por isso, acredito que a CBF deva pensar em fazer a Copa do Brasil com uso do árbitro de vídeo desde o começo no próximo ano diante do tamanho e do impacto financeiro que a competição tem.