Não há motivos para reclamar da arbitragem da primeira final da Copa do Brasil entre Grêmio e Palmeiras. Marcelo de Lima Henrique provou que era o árbitro talhado para apitar o confronto. O experiente juiz de 49 anos demostrou muita autoridade, controlou a partida do começo ao fim e foi impecável nos lances capitais.
O pênalti reclamado por Renato não aconteceu. O lance entre Gustavo Gómez e Pepê foi acidental. O zagueiro do Palmeiras acabou pisando no calcanhar do atacante do Grêmio. No entanto, não houve a infração.
Isso não significa que toda situação acidental não será pênalti. Pode haver situações em que uma infração é cometida sem querer, mas para saber a diferença é preciso observar o contexto do lance. Pepê não tinha a posse de bola, não foi impedido de chutar nem de jogar. O que ocorreu foi um choque acidental em uma realidade que não contempla nenhuma das situações anteriores.
Seria muito diferente se Gustavo Gómez tivesse dado um pontapé em Pepê fora da disputa de bola. Aí seria um lance indiscutível. Seria outro contexto. O que houve ali foi um choque de jogo sem qualquer impacto tático, e isso não é pênalti.
Importante ressaltar que o único momento em que Marcelo de Lima Henrique esteve perto de cometer um erro importante surgiu o trabalho em equipe. Isso é algo fundamental e que pode haver por meio do uso do VAR, mas nem foi necessário. Foi com nos velhos tempos.
O equívoco de Marcelo de Lima Henrique foi ao mostrar apenas o amarelo depois que Luan deu uma cotovelada no rosto de Diego Souza. Só que ele foi auxiliado pelo bom assistente Alessandro Rocha de Matos e prontamente retirou o cartão errado e apresentou o vermelho.
Também vale ressaltar que a arbitragem foi muito bem na condução disciplinar da partida. Marcelo sempre manteve o comportamento firme e correto em campo. As checagens do VAR foram todas protocolares.
Sem dúvida, a arbitragem foi um ponto positivo da partida. A derrota por 1 a 0 do Grêmio contra o Palmeiras teve placar legítimo e não passou pelo apito.