Um pênalti que decide uma vitória de um time que briga pelo título em um jogo na reta final de um campeonato e ainda por cima originado de uma situação de mão na bola. Essa é a definição máxima do que podemos chamar de polêmica. Foi exatamente o que aconteceu na vitória por 2 a 1 do Inter contra o Bragantino, neste domingo (31), no Beira-Rio, pela 33ª rodada do Brasileirão.
Antes de mais nada, é bom dizer que a decisão final tomada pelo árbitro Sávio Pereira Sampaio foi acertada. Apensar de toda a discussão, o juiz acertou ao marcar a penalidade após revisar o lance no monitor à beira do gramado por sugestão de Héber Roberto Lopes, responsável pelo VAR.
O pênalti se caracteriza pela ação de bloqueio seguida de um movimento adicional com o braço de Weverton. Dessa forma, o jogador do Bragantino intercepta de forma irregular o cruzamento feito por Patrick e manda a bola pela linha de fundo.
Há um ponto importante a ser ressaltado. A bola resvalou na barriga do defensor antes de tocar no braço, mas isso não determina que a infração não tenha ocorrido. Um desvio pode ser considerado, mas nem todo desvio representa que uma penalidade não deva ser marcada.
Quando falamos de uma ação de bloqueio, a interpretação deve levar em conta desvios significativos. Esse tipo de mudança drástica de trajetória causa o que se chama de fator surpresa. Só que não foi isso que aconteceu no jogo do Inter contra o Bragantino. O desvio na barriga de Weverton é suave e não é capaz de alterar a interpretação de penalidade.
Outro lance que gerou polêmica nessa partida foi o gol do Bragantino no primeiro tempo. Cabe ressaltar o acerto impressionante do árbitro assistente Daniel Henrique Andrade. Embora Artur estivesse em posição de impedimento no momento do lançamento de Claudinho, a bola é jogada por Moisés no meio do caminho. Isso gera nova origem, ativa a jogada e faz com que o gol de Helinho tenha sido legal.