Há momentos em que as reclamações que ocorrem dentro de campo não tem o menor sentido, ainda mais quando as partidas contam com o uso do VAR. Parece que os jogadores simplesmente resolvem gritar sem pensar e fazem isso apenas pelo impulso. Isso ocorreu na derrota por 1 a 0 do Inter contra o América-MG, nesta quarta-feira (11), no Beira-Rio, na partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil.
Aos cinco minutos do primeiro tempo, os jogadores do América-MG protestaram um toque de mão de Victor Cuesta dentro da área. O lance é tão normal que chegar a ser estranho pelo tamanho da reclamação. Na imagem em tempo real, a impressão é de que o zagueiro do Inter tocou apenas com a cabeça.
Só que o grito dos adversários é tão alarmante que chega a pintar uma ponta de dúvida. Será que eu estou ficando maluco e não percebi algo? Vem o replay e bingo. A bola tocou só na cabeça de Cuesta.
Não sei o que os jogadores viram. Não sei se pensaram que o vídeo poderia ser diferente do que aconteceu no campo. Só sei que a reclamação não tem pé nem cabeça. É só para tumultuar.
Trago esse assunto porque esse tipo de atitude está cada vez mais constante depois da chegada do VAR. E deveria ser o contrário. Se não houve nada no campo, o vídeo obviamente não mostrará nada também. Então, qual o sentido de reclamar tanto?
O que foi protesto do América-MG no começo, acabou acontecendo no lado do Inter no final do jogo. Talvez motivados por um ato desesperado em função do resultado negativo no placar, os jogadores chegaram a reclamar alguns lances de grande área.
É claro que todos querem ganhar, são competitivos e o instinto fala mais alto no calor do jogo. Eu entendo tudo isso e respeito. Talvez se eu fosse um jogador fizesse essas mesmas coisas. Só que, ao mesmo tempo, tenho a certeza de que ficar reclamando de forma recorrente quando não há nada efetivamente acontecendo dentro de campo parece não ser capaz de ajudar. Ainda mais em jogos com VAR.
De um modo geral, pode ser mais proveitoso focar mais no jogo, ter concentração na bola e permitir que a arbitragem possa trabalhar com tranquilidade.