O jogador tem a oportunidade clara de fazer um gol, mas prefere se atirar para tentar enganar os monitores em uma partida que tem VAR. Por quê? Confesso que ainda não encontrei uma resposta. A única certeza que tenho é que a jogada protagonizada por Janderson merece reflexão.
Foi algo vergonhoso e constrangedor. Digo isso não só que aconteceu no campo, mas também pela declaração concedida pelo meia do Atlético-GO.
O lance ocorreu no primeiro tempo da vitória por 2 a 1 do Inter contra o time goiano, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. A equipe gaúcha vencia por 1 a 0 quando Janderson recebeu passe, entrou na área, driblou Marcelo Lomba e desabou.
O árbitro Marcelo de Lima Henrique foi convicto ao assinalar o pênalti. A forma como o jogador caiu no gramado poderia até sugerir a infração em uma tomada de decisão em tempo real e na velocidade do jogo.
Só que a partida tinha VAR, e as imagens não deixaram nenhuma dúvida: não houve sequer contato. Janderson se jogou até com certo atraso após passar por Marcelo Lomba. Por isso, depois de conferir o vídeo, o juiz carioca voltou atrás na decisão e desmarcou a penalidade. O único erro foi não aplicar cartão amarelo por simulação.
O fato vira quase engraçado depois da declaração de Janderson. Nitidamente desconfortável, sem saber para onde olhar e até meio constrangido, ele admitiu a simulação.
— Ali na hora, eu cavei ali, mas infelizmente ele olhou no VAR e não deu — explicou o jogador, em entrevista ao repórter da TV.
O episódio pode parecer bobo, sem muita importância. Pode até ser encarado como algo folclórico. No entanto, cabe uma reflexão sobre o comportamento dos jogadores. Mesmo com a chegada do árbitro de vídeo, os atletas preferem tentar levar vantagem ao invés de jogar limpo.
Isso é apenas um fato, há outros exemplos. Ainda mais em tempos de estádios vazios, o campo torna gritantes atitudes questionáveis como essa.