Não houve briga e nem grandes polêmicas no Gre-Nal 427. Ao contrário do primeiro clássico da Libertadores na Arena do Grêmio, as confusões foram contidas por um ótimo trabalho preventivo do árbitro argentino Patricio Loustau.
Com toda experiência que tem, o juiz de 45 anos controlou o jogo do começo ao fim no aspecto disciplinar e teve decisões acertadas nos lances capitais, como o pênalti reclamado pelo Inter.
Esse lance que envolveu Thiago Galhardo e Rodrigues exemplifica a postura de Loustau no clássico do Beira-Rio. O juiz estava bem colocado e muito atento. Sem titubear, ele fez o sinal imediato de negativo com o dedo e mandou o jogo seguir.
A disputa foi normal. O zagueiro saltou na direção da bola e, às costas dele, o atacante tentou ganhar a vantagem. Os dois disputam espaço e o contato entre Rodrigues e Galhardo é consequência disso.
Houve um lance envolvendo Luiz Fernando, aos 43 do segundo tempo, muito parecido com esse, mas fora da área. Uma disputa por espaço pelo lado direito de ataque que resulta em um choque do defensor colorado contra o atacante gremista. Loustau fez o mesmo gesto, tomou a mesma decisão e manteve o critério.
O Grêmio também chegou a reclamar um pênalti com Diego Souza, aos quatro minutos da etapa complementar. Loustau mais uma vez acertou. Não passou de um choque. Saravia colocou o corpo na frente, ocupou espaço e protegeu a bola para a defesa de Lomba. O centroavante vinha logo atrás e esbarrou nas costas do adversário. Forçou a barra.
Foi uma atuação de alto nível em um jogo que nem precisaria de VAR. A vitória por 1 a 0 do Grêmio foi legitima e não passou pela arbitragem.