Colocar Anderson Daronco para apitar o Bra-Pel foi um erro. Mais do que isso, a escolha representa desperdiçar uma oportunidade valiosa e rara. A FGF deveria escalar um árbitro promissor. Era o momento para lançar um juiz estreante no confronto entre Brasil-Pel e Pelotas, mas a decisão foi de colocar o principal árbitro do Rio Grande do Sul no jogo que menos vale de todo o Gauchão.
Quero deixar claro que não estou menosprezando o Bra-Pel. Quem conhece sabe que o clássico merce todo o respeito. Só que desta vez o confronto vale só a rivalidade e a honra. O jogo não muda a vida de ninguém no segundo turno do Gauchão. E na classificação geral o impacto é quase nulo.
Para completar, não tem torcida e não haverá pressão nas arquibancadas. Quer oportunidade melhor para colocar um juiz estreante neste jogo? Por isso, reforço que era a chance de aproveitar e observar um juiz promissor em um confronto de tradição. Pensar no futuro, seria o ideal.
Se alguém ainda acha que pode dar confusão no Bra-Pel e o jogo merece um árbitro como Daronco, meu último argumento é o seguinte: o Gre-Nal da semana passada valia menos ou tinha menor peso? Lógico que não. E o confronto entre Grêmio e Inter teve um juiz estreante. Acerto total da FGF.
Não posso pensar que a lógica para a colocação do juiz da Fifa no Bra-Pel seja explicada pela intenção de deixar Daronco de fora de um possível Gre-Nal da final do segundo turno. Aí não seria um erro. Seriam dois.