Bastou um jogo do Gauchão para evidenciar o óbvio. O futebol precisa do árbitro de vídeo. Não adianta reclamar, gritar, chorar. O melhor é aceitar porque a dor será menor. É lógico que o recurso ainda precisa evoluir, mas há lances em que só o VAR pode assegurar o acerto da arbitragem. Foi o que ocorreu na derrota por 2 a 0 do Grêmio contra o Caxias, nesta quarta-feira (22), na Arena, pela primeira rodada do Gauchão.
O Tricolor teve um pênalti não marcado aos 26 minutos do segundo tempo quando o placar já era de dois gols em favor do time do interior. O atacante Alisson recebeu uma trombada de um defensor do Caxias e desabou no gramado fora da área. O árbitro Leandro Vuaden imediatamente apitou a falta. Acertou ao sinalizar a infração, mas errou no local. Isso porque o tranco ocorreu dentro da área. A decisão correta seria marcar o pênalti. Com os recursos da imagem não fica qualquer dúvida sobre isso. O problema é que na velocidade do jogo, pela proximidade com a linha da grande área e pela posição do juiz no campo, o lance ganha alto grau de dificuldade.
É esse tipo de lance que justifica cada vez mais a necessidade do VAR, especialmente quando ele não está à disposição. Só que essa será a realidade de quase todo o primeiro semestre para o futebol do Rio Grande do Sul. O árbitro de vídeo só estará em ação no Gre-Nal do segundo turno e na final do Gauchão. Pela Libertadores, o recurso também não estará em ação até o final da fase de grupos.
A primeira partida do Gauchão já mostrou um erro capital de arbitragem difícil de perceber no campo mas que seria resolvido facilmente no vídeo. O fato é que, com ou sem o uso, o VAR sempre será assunto daqui para a frente.