Foi um começo decepcionante para o Grêmio, com derrota de 2 a 0 para o Caxias e atuação sem qualquer brilho. Mas tudo isso entra numa conta que é cruel com os grandes clubes. São apenas 15 dias de trabalho. É como se, no meio da pré-temporada, houvesse um jogo oficial.
Era nítida a dificuldade física do Tricolor contra um adversário que está em atividade há mais de um mês. Sem contar que está bem organizado, tem saída veloz pelos lados e um camisa 10, Diogo Oliveira, a ditar suas ações.
O tropeço do Grêmio repete a sina de boa parte dos grandes em começo de temporada, quando precisam encarar rivais que, embora de menor qualidade, estão alguns estágios à frente no aspecto físico. E isso não deve ser ignorado.
Acrescente-se a isso que o Grêmio entrou com caras novas, algumas vindas de longa inatividade. O goleiro Vanderlei, por exemplo. Desembarcou em Porto Alegre há uma semana. Sua última partida havia sido em 26 de maio, pelo Santos.
Lucas Silva, outro estreante, estava sem jogar desde 5 de junho, quando entrou no segundo tempo da classificação do Cruzeiro sobre o Fluminense, pelas oitavas da Copa do Brasil. Teve uma estreia decepcionante na Arena e comprometeu no primeiro tempo. Dos novatos, apenas Victor Ferraz se salvou, com uma atuação efetiva.
A derrota preocupa apenas pelos riscos de um turno de cinco jogos, cuja tabela prevê o Brasil, domingo, em Pelotas. Porque, pelo rendimento técnico, há lastro de sobra para que atinja, logo ali na frente, o padrão compatível com a qualidade que Renato tem à disposição.