A primeira polêmica de arbitragem da final da Libertadores já está colocada. A Conmebol retirou o árbitro de vídeo Diego Haro da partida decisiva entre Flamengo e River Plate. O motivo foi o descumprimento da política interna de arbitragem por parte do juiz peruano. Em outras palavras, Haro foi punido por falar demais. Ele conversou com a imprensa argentina e, entre outras coisas, fez uma avaliação do atual momento dos finalistas.
— O River provocou uma revolução do futebol na América do Sul nos últimos cinco anos. Tem um jogo dinâmico e conquistou títulos em pouco tempo. O Flamengo, por outro lado, acaba de encontrar uma filosofia com seu novo treinador — declarou Diego Haro para a Rádio Mitre.
A repercussão do episódio provocou manifestação imediata por parte da Conmebol. A entidade anunciou a substituição de Diego Haro pelo uruguaio Esteban Ostojich, que estava escalado para ser o auxiliar do VAR. Essa função vaga passa a ser do peruano Victor Carillo.
— A Comissão de Árbitros decidiu realizar a substituição do Sr. Diego Haro (PER), designado inicialmente como árbitro VAR na partida. O motivo da troca é o descumprimento da política interna de arbitragem com relação às entrevistas sem autorização prévia — diz o comunicado da Conmebol.
Embora não veja gravidade nas declarações de Diego Haro, penso que a discussão não deva ser sobre a permissão ou não de entrevistas por parte de oficiais de arbitragem. O fato é que há uma determinação clara. Os árbitros não podem se manifestar sobre o jogo sem autorização prévia. Certa ou errada, ela deve ser cumprida. Por isso, falar sobre Flamengo e River foi um erro primário, uma lambança de Haro. É a velha história do jacaré, que não entrou no céu porque tem a boca grande.