Melhor demorar e acertar do que errar com pressa. Considero que esse sempre será um argumento válido em uma discussão sobre o tempo que o VAR demora para tomar uma decisão, sobretudo na fase inicial de implementação que estamos atravessando. Por isso, o mais importante no gol marcado por Lindoso no empate em 1 a 1 do Inter contra o Flamengo no jogo das quartas de final da Libertadores é o fato de que a arbitragem validou a jogada corretamente.
Ainda assim, entendo que alguns lances justificam mais do que outros o tamanho da demora. No gol marcado pela equipe gaúcha na partida dessa quarta-feira (29), no Beira-Rio, considero que a arbitragem poderia ter tomado uma decisão com mais agilidade sem prejudicar a precisão da decisão. Foram necessários quase três minutos para que o VAR Fernando Rapallini e o árbitro Patricio Loustau concluíssem que a revisão no monitor à beira do gramado era necessário. Depois, o juiz principal precisou de outros três minutos, ao lado do bandeira Juan Pablo Belatti, para validar o gol.
Importante ressaltar que neste lance a posição de Rodrigo Lindoso era indiscutível. Ele parte de trás, no momento do cruzamento de D'Alessandro e estava em condição legal. A discussão em questão na jogada não está aí. Está na interferência ou não de quem estava em posição de impedimento e poderia ser punido por participar claramente da jogada. Esse não pareceu o caso, pois Rodrigo Moledo estava longe e Patrick parecia legal na imagem apresentada pela televisão.
Dessa forma, somente o áudio do VAR pode esclarecer o motivo para tanta demora. A Conmebol fez isso nos jogos de ida e promete o mesmo para as partidas de volta das quartas de final da Libertadores. A publicação das gravações deve ocorrer nesta quinta-feira (29). Com essa medida de transparência, tudo ficará mais fácil de ser compreendido.