O uso do VAR está mudando a forma de acompanhar os jogos de futebol. Há inúmeras formas de ilustrar como o recurso eletrônico afeta diretamente as reações dos torcedores. A espera para comemorar o gol, a apreensão para possíveis pênaltis e a dúvida sobre a aplicação de um cartão vermelho são algumas delas. Só que para um torcedor colorado o VAR provocou uma situação inusitada nesta semana antes da partida entre Inter x Nacional-URU. Sócio do clube desde 2005, André Ivaniski Mello precisou ceder a cadeira que sempre ocupa no Estádio Beira-Rio em função da necessidade de instalação de uma câmera do VAR.
— Fui avisado de que a Conmebol tinha pedido para colocar uma câmera na minha cadeira. Então, eu não poderia ver naquele local em que eu sempre vou a todos os jogos. Seria deslocado para outro local do estádio — explicou o torcedor.
O espaço solicitado pela entidade fica no setor de cadeiras locadas no anel superior no lado oposto às cabines de imprensa. É exatamente abaixo do local onde ficava o “boné” antes da remodelação do estádio. André conta que costuma assistir aos jogos neste espaço sempre ao lado de familiares e a única reclamação que faz é perder o lugar da “sorte” justo em um jogo decisivo.
— Vou ter que ver o jogo sozinho. Longe da minha família. Tem toda a superstição e toda sorte envolvida — completou.
Apesar da crença do torcedor, vale lembrar que a ausência de uma imagem ou ângulo para o VAR poderia ter impacto ainda maior na sorte ao interferir em uma decisão da arbitragem. O Inter explica que esse é um procedimento comum para jogos da Libertadores. A Conmebol sempre solicita alguns pontos do estádio para a instalação de equipamentos e câmeras do VAR em acordo com a administração do clube.
*Colaborou: Renata de Medeiros.