O gol marcado por Víctor Cuesta na vitória do Inter sobre o CSA foi bem anulado com o auxílio do VAR. Embora a posição do zagueiro fosse legal, há outro elemento a ser considerado. Emerson Santos estava em posição de impedimento e acabou interferindo ao disputar a jogada com o defensor adversário. Isso caracteriza a irregularidade.
Em geral, lances de impedimento são decisões em que o árbitro principal nem precisa ir ao monitor à beira do gramado para realizar a revisão. Basta ver se o jogador que marca o gol está ou não à frente no momento do passe. Entretanto, há uma minoria de lances que é interpretativo. É quando a dúvida está na interferência de um jogador que não toca na bola. Foi o que ocorreu no gol de Cuesta.
O procedimento adotado pelo VAR foi correto. Dos três árbitros de vídeo que ficam na cabine, um bandeira. Essa era a função do o carioca Silbert Sisquim no Beira-Rio. Ele checa a interferência de Émerson Santos e, por se tratar de algo interpretativo, recomenda que o árbitro Rodrigo Carvalhaes de Miranda revise a jogada no monitor.
Há outro fato incomum. Depois de observar a imagem, o juiz principal chamou o bandeira Rodrigo Henrique Correa. Ele entendeu que precisava do auxílio de um dos especialistas para a situação que estava em análise no vídeo. Feito o processo, a decisão foi tomada pelo árbitro, como deve ser.
O gol anulado de Cuesta contra o CSA tem semelhança com o mal validado do Cruzeiro contra o Inter na semana passada. Naquela oportunidade, o VAR deveria ter recomendado a revisão por parte do juiz principal para verificar a interferência de Fred antes da finalização de Dedé, mas isso não aconteceu. A diferença de procedimento evidencia os ajustes que estão ocorrendo no uso do VAR, o que é natural.