Foi um jogo de tempos distintos para o Inter e para a arbitragem. Embora o erro capital tenha ocorrido na etapa inicial da vitória colorada, o equatoriano Carlos Orbe teve mais dificuldade em controlar a partida na etapa complementar. Isso fez com que a tensão e a pressão do campo resultassem em marcações e sinalizações atrapalhadas. Para completar, houve uma expulsão discutível de Guilherme Parede. Diria até que foi exagerada.
O lance decisivo foi também o mais difícil. O Inter vencia a partida por 2 a 1 quando teve um gol anulado aos 42 minutos. Nico López recebeu passe em condição legal e marcou, mas a jogada foi invalidada pelo assistente Edwin Bravo. A posição estava muito ajustada, pois Nico estava se movimentando rapidamente na direção do gol e o defensor está indo no sentido contrário. O ponto de referência dos bandeiras para essas jogadas sempre é o tronco dos atletas. Se levarmos em conta só isso, o uruguaio está projetado à frente. O problema é que, por baixo, o pé do zagueiro dava condição legal. Com o uso do VAR, o gol teria sido validado.
No segundo tempo, o jogo esquentou. Houve algumas decisões confusas, faltas mal marcadas e até um cartão amarelo em um lance em que Patrick sequer cometeu falta no adversário aos 10 minutos. Carlos Orbe parecia estar perdendo um pouco o comando disciplinar. O ponto mais importante dessa instabilidade foi a expulsão de Guilherme Parede. Não vou discutir o primeiro cartão, ainda que o atacante estivesse reclamando de uma falta não marcada. Isso porque ele exagerou no protesto. Falo especificamente sobre a segunda advertência.
Parede disputa com o jogador do Palestino por baixo. Ambos se jogam dando carrinho em sentidos opostos. O atleta da equipe chilena toca a bola e na sequência há um choque. Os dois tentam recolher as pernas para evitar um maior impacto. Com isso, concluo a avaliação de que houve um gesto imprudente e o cartão amarelo não era necessário. O árbitro entendeu diferente e mostrou o segundo e o vermelho para Parede.