Que lance difícil! O primeiro gol da vitória por 2 a 0 do Inter contra o Novo Hamburgo é daquelas situações duvidosas que só podem ser resolvidas com o uso do tira-teima. Somente com esse recurso podemos manifestar uma opinião com 100% de certeza. Estou aqui com o objetivo de esclarecer polêmicas, a partir de fatos que possam contribuir para as análises e fazer justiça com o trabalho da arbitragem.
Podemos dizer que o árbitro assistente Michael Stanislau teve acerto decisivo para auxiliar o juiz Jonathan Pinheiro, que conduziu bem a partida, a legitimar o placar da vitória do Inter no jogo de ida das quartas de final do Gauchão, neste sábado (23).
A grande dúvida não está na posição de Nico López, que é o autor do primeiro gol colorado. A questão é saber se Uendel tinha condição legal na origem da jogada. O lateral-esquerdo recebe passe e aciona Nico, que faz o giro e bate forte entre a trave e o goleiro. A imagem prova que o gol foi validado corretamente.
Na hora em que aconteceu o gol, tive a percepção de que a jogada havia sido normal. Falei isso na transmissão do Futebol da Rádio Gaúcha. O problema é que a imagem mostrada pela televisão não tem o melhor ângulo para a análise, pois apresenta a diagonal da grande área. Não está posicionada na linha dos jogadores e do assistente Michael Stanislau. Isso gera a sensação de inclinação de Uendel para quem não olha os detalhes, como posição dos jogadores, linha da grande área e marca do pênalti.
O próprio Uendel se manifestou após o jogo dizendo que achou que estava impedido. O técnico Bolívar, do Novo Hamburgo, fez reclamações contra a arbitragem protestando contra a validação do gol. Pois quero dizer aos dois que ambos estavam errados. A arbitragem estava certa.
