Só há um erro no pênalti marcado para o River Plate na eliminação do Grêmio da Libertadores. E esse erro não foi cometido pelo árbitro uruguaio Andrés Cunha. Foi cometido pelo zagueiro Bressan. O lance é indiscutível, de concurso. O defensor gremista faz uma ação de bloqueio para interceptar o chute de Scocco, abre o braço esquerdo e intercepta a bola com a mão.
O erro de Bressan foi o de, ao fazer o movimento deliberado, assumir o risco de cometer a infração.
O lance fica indiscutível com o uso do árbitro de vídeo, que pediu a revisão do juiz principal no monitor à beira do gramado. Se dependesse da marcação do campo, a infração não teria sido marcada. Nem mesmo Scocco notou o toque de Bressan na hora do chute. O atacante reclama da marcação de escanteio imediatamente. Portanto, o VAR (sigla em inglês para árbitro assistentes vídeo) salvou o árbitro de cometer um erro capital.
O recurso eletrônico também poderia ter sido utilizado no lance do primeiro gol do River Plate, mas não houve a interferência na marcação do árbitro principal. Depois de cruzamento para a área, Borré salta e acaba desviando a bola com o braço direito. Sou capaz de dizer que seria impossível para o árbitro perceber a infração dentro de campo. Nem mesmo os jogadores do Grêmio esboçaram qualquer reação porque não notaram onde a bola bateu. O lance foi realmente difícil. Só o VAR poderia ter chamado a atenção do árbitro principal, mas isso não aconteceu.
Isso serviu para alimentar uma polêmica que não terminará tão cedo.