A Copa da Rússia ainda não começou, mas já é possível apostar nos favoritos para o apito da final. Abaixo, apresento os três principais candidatos para o último jogo da competição, falo sobre as chances do brasileiro Sandro Meira Ricci e ainda cito outros cinco nomes que correm por fora e não podem ser descartados.
Os favoritos
O principal nome é Felix Brych, da Alemanha, que comandou a semifinal do Mundial de Clubes entre Grêmio e Pachuca em 2017.
O juiz de 42 anos é considerado o melhor do mundo pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS). Tem finais de Liga dos Campeões e de Liga Europa no currículo. O que pode atrapalhar os planos de Brych na segunda Copa da carreira é uma possível boa campanha da Alemanha.
Isso não será problema para outro forte candidato. Björn Kuipers tem como vantagem a ausência da seleção da Holanda no torneio. De cara, isso abre caminho para que o experiente juiz de 45 anos esteja escalado em qualquer uma das 64 partidas.
Da mesma forma que o representante da Alemanha, Kuipers carrega finais europeias na bagagem. Ele já comandou decisões de Liga dos Campeões e Liga Europa. Além disso, chega para a segunda Copa da carreira com a credencial de ter apitado três jogos na última edição da competição. Duas na fase de grupos (Inglaterra 1 x 2 Itália e Suíça 2 x 5 França) e uma pelas oitavas de final (Colômbia 2 x 0 Uruguai). Também foi o juiz da decisão da Copa das Confederações de 2013 quando o Brasil venceu a Espanha por 3 a 0.
Caso a Fifa queira fugir dos nomes europeus, o paraguaio Enrique Cáceres surge com força por ser o grande nome da América do Sul. Ele é um árbitro conhecido dos gaúchos. Apitou as finais da Libertadores de 2017 e da Recopa de 2018, que tiveram a presença do Grêmio. Nas duas oportunidades teve ótimo desempenho.
Cáceres também fez a final da Copa do Mundo Sub-17 no ano passado e, entre os 90 jogos internacionais da carreira, acumula ainda participações em torneios como Mundial de Clubes e Copa América.
As chances do brasileiro
Sandro Meira Ricci tem alto conceito entre os dirigentes da arbitragem da Fifa. O bom desempenho na Copa de 2014 e a participação constante em competições internacionais são credenciais importantes para o juiz de 43 anos.
Atualmente apitando pela Federação Paranaense de Futebol, o árbitro mineiro deve receber oportunidades em bons jogos da fase de grupos. Ricci chegou a ser cotado para o jogo de abertura do Mundial. No entanto, acabou sendo escalado apenas como juiz reserva.
Vale ressaltar que o caso do brasileiro é bem parecido com o do alemão Felix Brych. Ele só ganharia força na reta final da competição caso a Seleção Brasileira tenha um insucesso na caminhada.
Para ficar de olho
1 - Néstor Pitana, da Argentina, 42 anos. Tem o porte físico considerado ideal pela Fifa e muita experiência. Trabalhou na Copa de 2014 e tem ainda Copa das Confederações, Copa América, Jogos Olímpicos e duas finais de Libertadores no currículo. Está escalado para o jogo de abertura entre Rússia e Arábia Saudita. Depende do insucesso do time de Messi para sonhar com a final.
2 - Damir Skomina, da Eslovênia, 41 anos. Está no quadro da Fifa desde 2002. Tem três Eurocopas e final da Liga Europa no currículo.
3 - Gianluca Rocchi, da Itália, 44 anos. É do mesmo país do presidente da Comissão de Árbitros da Fifa, Pierluigi Collina, e os italianos não estão na Copa da Rússia.
4 - Cüneyt Çakir, da Turquia, 41 anos. Vai para a segunda Copa da carreira. Já apitou final de Liga dos Campeões e nos últimos três anos esteve nas semifinais da competição.
5 - Ravshan Irmatov, do Uzbequistão, 40 anos. É o maior recordista em Copas do Mundo com nove partidas apitadas. Seria uma boa opção política por não ser de um países grande tradição no futebol.