Jô disse que não percebeu que o gol marcado contra o Vasco foi com o braço. Considero a declaração do centroavante puro papo furado. Ele tem o direito de dizer o que quiser, mas não acredito na palavra do jogador. Se não tivesse visto onde bateu, Jô não teria feito gestos indicando que empurrou a bola com o peito em conversa com o lateral Ramon, do Vasco, durante o jogo. É lógico que ele percebeu que fez o gol de forma irregular.
Aliás, a postura de Jô não é novidade. O incomum seria uma atitude contrária, como foi a de Rodrigo Caio, do São Paulo, em lance com o próprio atacante do Corinthians no campeonato paulista deste ano. Na ocasião, Jô elogiou o zagueiro e chegou a dizer que a mudança no futebol brasileiro passava pelo comportamento dos atletas. Nesse domingo, ele perdeu uma grande oportunidade de contribuir com o tipo de postura que enalteceu e defendeu em março.
Leia mais
Com gol irregular, Corinthians bate o Vasco e abre 10 pontos sobre o Grêmio
Libertadores: pênaltis reclamados por Grêmio e Botafogo não aconteceram
O erro da arbitragem foi grave, pois interferiu diretamente no placar do jogo. O equívoco está muito menos ligado ao juiz Elmo Cunha do que ao árbitro assistente adicional Eduardo Valadão. Ele estava de frente para o lance e fica até difícil entender como não percebeu a irregularidade.
O fato é que falhou feio em jogada que é o exemplo claro de situação que seria facilmente resolvida com o árbitro de vídeo. Infelizmente ainda não conseguimos evoluir ao ponto de ter essa situação consolidada no futebol brasileiro. Espero que isso aconteça em 2018.
Se tivesse o vídeo, Jô levaria o braço na bola para fazer o gol? Claro que não. Nesse caso, saberia que uma tentativa de "malandragem" seria imediatamente revertida em punição contra ele. Também por isso defendo o uso de recurso tecnológico. Há quem seja contra com o argumento de que tiraria a graça do futebol. Precisamos deixar esse conservadorismo de lado e aceitar a evolução. Até porque não há nenhuma graça em erros claros de arbitragem.