Por que as emergências de grandes hospitais que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estão superlotadas em Porto Alegre? Quais são os pacientes que procuram o atendimento? Quais as principais enfermidades? Nas últimas semanas, vínhamos noticiando com frequência o aumento na movimentação deste setor nos principais estabelecimentos hospitalares da cidade. No final de semana anterior, a situação crítica em boa parte das instituições acendeu o alerta de que o problema merecia mais atenção e investimento da reportagem.
Uma das principais funções do jornalismo é a busca de respostas para fenômenos e temas complexos. Por isso, na última terça-feira, destacamos duas equipes da Redação Integrada de ZH, GZH, Rádio Gaúcha e Diário Gaúcho para entender as razões da superlotação das emergências.
As repórteres Larissa Roso e Kathlyn Moreira e os fotógrafos Ronaldo Bernardi e Mateus Bruxel estiveram em dois dos principais hospitais: o Hospital de Clínicas de Porto Alegre e o Hospital Nossa Senhora da Conceição.
Kathlyn, que conversou com profissionais e pacientes do Conceição, explica a importância de ter acompanhado de perto a situação:
– Ouvir os profissionais que estão dentro das emergências e os pacientes ajuda a entender o que está por trás dos números e cobrar alternativas para evitar a superlotação e ainda assim garantir o atendimento adequado a quem precisa.
Já Larissa, que entrou na emergência do Clínicas, faz a seguinte reflexão:
– Entrar em um hospital é uma grande oportunidade para praticar um exercício de empatia. Um setor conturbado como uma emergência superlotada nos permite compreender o que estamos habituados a ver apenas em números, sem muito contexto. O que significa uma emergência operar com mais do que o dobro da capacidade? Lá dentro, é possível entender. Durante a apuração, uma paciente desmaiou ao tentar levantar sem auxílio para ir ao banheiro. Em uma situação normal, sem sobrecarga para as equipes profissionais, que precisam atender muito mais gente, algo assim não aconteceria.
A reportagem está publicada na página 17 desta edição. O conteúdo completo também pode ser acessado pelo site e pelo aplicativo de GZH.