
Nunca fecho a porta para o ilógico por respeito ao futebol, a mais imprevisível e apaixonante de todas as práticas esportivas.
Mas, para perder o título após abrir 2 a 0 na Arena, o Inter terá de fazer um jogo historicamente desastroso, e o Grêmio assinar uma nova edição do Inacreditável FC. Impossível? Não. Improvável, sim.
É o que se vê no campo nos jogos de ambos, com vantagem tática e técnica para o Inter. O lado emocional, que não é nada desprezível no alto rendimento, teria de tisnar a lucidez do time de Roger Machado para a taça não ficar no Beira-Rio.
Não seria a primeira vez no passado recente colorado. O que explica algum pé atrás na torcida colorada.
Trio contra o salto alto
Mas é difícil acreditar que a experiência somada de Roger, D'Alessandro e Paulo Paixão deixará o clima de já ganhou contaminar o ambiente. Ou o nervosismo travar mentes.
Houve momentos tensos no campeonato, como as lesões em série de titulares e a pressão por vitória em todos os jogos. O grupo do Inter, na primeira fase, desatou a somar pontos. Era vencer ou vencer para ser a melhor campanha. Em nenhuma dessas situações o emocional degringolou.
Dessa vez, ao contrário dos anos anteriores em que o Grêmio engatou o hepta, com o Inter se atrapalhando até para times do Interior, existe essa trindade com muitos anos de praia lidando com a parte mental. Nos outros anos, não havia. É uma diferença significativa.