Ouço, aqui e ali, que Gabriel Carvalho e seus 17 anos já merecem corretivo. Não estaria mantendo o mesmo rendimento, talvez por soberba. Como é dura a vida de jovem da base na aldeia.
Quantos cascudos seguiram no time por jogos a fio sem nunca convencerem? Alguns, como Wanderson, de vez em quando faziam jogos razoáveis. O que acontecia? Muitas chances mais.
Não vejo Gabriel nesse declínio todo. Pode ter caído um pouco, mas o time todo rendeu menos contra Vitória e Corinthians, dentro daquele processo normal de um bom time que os adversários mapeiam.
Gabriel errou no primeiro gol do Corinthians? Sim, mas e o cascudo Renê? Quantas vezes entregou sem corretivo?
O erro faz parte do processo de aprendizagem. Jovens talentos vão se equivocar. O importante é corrigi-los.
Minar a confiança logo na primeira falha tem potencial para tirar-lhes a espontaneidade e a confiança. Aí eles podem virar um Hyoran, quem sabe um Renê ou Wanderson, todos trintões cujos limites nós conhecemos.
O Inter precisa se blindar dos "cascudólatras", que adoram trintões previsíveis em detrimento dos que podem, um dia, serem diferentes.
Quer receber as notícias mais importantes do Colorado? Clique aqui e se inscreva na newsletter do Inter.
