Defendo um olhar acolhedor das categorias de base como ferramenta para Grêmio e Inter enfrentarem os tubarões milionários do futebol brasileiro. Não deve ser a única, claro, mas é uma das mais importantes.
Os grandes títulos em azul e vermelho têm as digitais de jovens que, ao contrário de muitos medalhões que vêm e vão sem elevação alguma dos batimentos cardíacos quando vestem as camisetas colorada ou tricolor, dão a vida a cada lance. Eles já sentiram a dor e a alegria de que torce.
Os jovens do Inter estavam aí, mesmo com a seca na formação: Gabriel Carvalho, Gustavo Prado, Ricardo Mathias, também Anthoni. Só faltava alguém para bancá-los, como Roger Machado.
Quantos se perderam, nos últimos anos, por não serem lançados adequadamente, barrados por um Baralhas aqui ou um Hyoran acolá? Nunca saberemos.
Gustavinho ajudou a salvar as finanças do Grêmio. Nesta quarta (9), será a vez de Igor Serrote, lateral-direito de 19 anos, grife de seleção de base, no lugar do suspenso João Pedro.
Fui atrás de algumas informações de bastidores. Catarinense de Camboriú, Serrote chegou ao Grêmio aos 10 anos como ponteiro. Aos 14, o Grêmio viu nele problemas de finalização para um atacante, mas virtudes de sobra de lateral de futuro: força, velocidade e bom cruzamento.
Desde lá, o foco foi ensiná-lo a defender. Foi assim que ele construiu um de seus pontos fortes: os duelos aéreos, pela impulsão.
A partida contra o Galo mudou de contexto após a vitória por 3 a 1 sobre o Fortaleza. Ficou mais leve. Como é jogo atrasado, mesmo na derrota, ninguém do Z-4 se aproximará. Vitória ou empate dão moral para o Gre-Nal.
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