Foi uma vitória até certo ponto tranquila na Arena. O Grêmio fez 1 a 0, gol de Cristaldo, e não foi ameaçado pelo desfalcado Cuiabá, que, entre outros, não tinha Deyverson. Mas Renato também sofreu com desfalques: Pepê, Pavon e Diego Costa. Isso sem falar na lateral esquerda. Além de Reinaldo e Mayk, lesionados, Cuiabano está indo para o Botafogo e José Guilherme, opção eleita por Renato, levou uma pancada na cabeça e saiu. Restou Fabio, o quinto na hierarquia.
Faço esse prefácio porque aí é que está a boa notícia para o Grêmio: Renato teve de recorrer ao elenco, e deu certo. Nada assim espetacular, mas o suficiente para vencer com merecimento. Bateu em 61% de posse de bola. Finalizou até menos, 9 a 7, mas nas conclusões no alvo foi bem melhor e mais letal, com 5 a 3. Poderia até ter ampliado, tentou, mas não conseguiu.
Mais um jogo sem sofrer gol, como já havia ocorrido na vitória sobre o Athletico-PR. É a melhor notícia, porque este é o problema do Grêmio desde o ano passado. Se continuar forte na defesa, o Grêmio pode voar. Marcar gols nunca foi problema. Só que tomá-los virou regra. E aí não há Cristo que dê jeito.
Du Queiroz, dessa vez, mostrou segurança e passe. JP Galvão mais uma vez passou sem gol, mas saiu aplaudido pela entrega. Na zaga, Rodrigo Ely errou alguns passes e cabeceios, mas Gustavo Martins sobrou. Não tem como tirá-lo do time, do ponto de vista técnico. Porém, claro, contra o Estudiantes, na terça-feira (23), a experiência conta muito, então não duvido que Geromel ou Kannemann voltem.
O fato é que o Grêmio chega ao jogo decisivo do Grupo C, o duelo no qual se perder estará virtualmente eliminado na primeira fase da Libertadores, longe da crise: saiu do buraco no Brasileirão, após aquela derrota na estreia para o Vasco. Já está na parte de cima da tabela, como seis pontos. Agora falta pontuar em La Plata, para no mínimo seguir vivo na Libertadores, já tendo o Gauchão no bolso este ano.