Não há dúvidas sobre quem deve ser o parceiro de Luis Suárez contra o América-MG. Nathan Fernandes precisa de sequência. Nem que seja para ir mal e voltar ao banco. Esses movimentos fazem parte do processo de construção de um jogador com potencial de ser diferente.
Depois do brilho contra o Flamengo, com gol e personalidade, não promovê-lo seria injusto. Ferreira também fez gol, eu sei. Mas este já tem 25 anos. Nunca engrenou.
A menos que Renato Portaluppi use os dois, um de cada lado, no clássico 4-2-3-1 preferido pelo técnico. Por que não, tendo de ganhar do América-MG sem pressão de torcida no vazio Estádio Independência?
Já se percebe vacina para não dar a Nathan Fernandes um jogo desde o início após liquidar o Flamengo. A questão física. É guri. Dezoito anos apenas. Ou seja: não se animem.
Mas então que comece como titular e saia no intervalo ou quando cansar. Ao menos isso.
Apenas passá-lo à frente na hierarquia do banco é insuficiente. Nathan tem potencial para ser o tempero novo de um cardápio que vinha insosso há meses.
Se Renato não adotar dois extremas, com medo de perder força de marcação no meio-campo, uma preocupação digna e responsável, que vá de um ponteiro só.
Mas que esse ponta seja a ousadia de Nathan Fernandes. O que custa tentar o diferente, se as outras alternativas são mais do mesmo?