A derrota do Inter por 2 a 0 para o Fluminense foi o triunfo de um conceito sobre o outro. Fernando Diniz tem o seu, que é de marcar alto não com dois ou três, mas adiantando a linha logo atrás agressivamente, sufocando a saída de bola adversária. Deixa os zagueiros trocando passes de lado e, quando aciona o gatilho, sobem todos. Posse e controle.
Assim, Samuel Xavier vira o atacante, e Wanderson, lateral. As ausências de Alan Patrick e Maurício pesaram, mas o Fluminense não tinha Ganso e Arias. O Inter, com linhas baixas e contra-ataque, finalizou no alvo apenas na metade da segunda etapa. Vazou atrás e fracassou ofensivamente de um jeito que talvez evidencie suas limitações técnicas.
O Inter perdeu o meio ao manter o inoperante Wanderson na faixa de campo que deveria ser de Valencia. O equatoriano foi o terceiro goleador da Europa assim, mas estreou lá do outro lado, na direita. O desconforto dele foi óbvio. O Inter ficou com Rômulo, Campanharo e De Pena no meio, em desvantagem numérica.
Melhor seria preencher com Aranguiz (Johnny teve febre) em vez de Wanderson, em nome de liberar Valencia e soltar Bustos e Renê. E ter qualidade no passe para sair de trás, o maior problema.
Mas foi Valencia quem saiu no intervalo, sacrificado, em nome de Aránguiz.
Injustiça contra o equatoriano.