O Independiente enfrentará o Inter de técnico interino. Juan Sebastián Botero, de apenas 36 anos, que tapa o buraco deixado por David González, demitido sob risco de não pegar nem os quadrangulares semifinais do Campeonato Colombiano.
O jovem emergente assumiu e garantiu a vaga na bacia das almas, mas não manteve a ascensão. Ficou fora da decisão entre o rival Atlético Nacional e o Milionários, vencida pelo time de Bogotá.
Isso sem falar nos desfalques do zagueiro Victor Moreno, do meia Andrés Ricaurte e dos atacantes Andrés Ibargüen e Diber Cambindo, goleador vendido ao Cruz Azul, do México. O DIM vem a Porto Alegre todo problemático, certo? É uma leitura, mas não a única.
Se pegarmos apenas o recorte da Libertadores, o aproveitamento de Botero é 100%. Ganhou de Nacional-URU e Metropolitanos-VEN, assumindo a liderança do Grupo B, condição que defenderá no Beira-Rio a partir das 19h. A pressão é perto de zero para o seu Independiente Medellín.
A avaliação local é de que o jovem interino está fazendo milagre diante de tantos problemas na temporada: escapou do vale no colombiano e superou expectativas na Libertadores. Será um time muito mais leve de cabeça do que o Inter, inclusive pelo fato de o rival, o Atlético Nacional, ter perdido a decisão colombiana nos pênaltis com requintes de crueldade.
A prudência manda colocar as barbas de molho. Mano deve reeditar o tripé de meio-campo, com Rômulo dublê de Gabriel, Johnny, De Pena recuperado e Alan Patrick descansado. Na frente, a atitude de Pedro Henrique e Luiz Adriano. Se o Inter levar para o gramado do Beira-Rio o espírito do torcedor no Gigantinho, na apresentação de Enner Valencia, que assistirá no camarote, a chance de vencer aumenta.
Mas tem de incorporar mesmo, do começo ao fim.