E a geração dourada da Bélgica se acabou sem títulos, seja em Copa do Mundo ou Eurocopa. Seu melhor momento foi mesmo o terceiro lugar em 2018, na Rússia, depois de eliminar o Brasil nas quartas-de-final. Aqui no Catar, fracassou. Não há outra adjetivação para quem chegou como semifinalista e sai como eliminado na primeira fase.
O empate em 0 a 0 com a Croácia a eliminou e classificou os vice-campeões mundiais em segundo lugar no Grupo F, atrás de Marrocos. Para quem acredita em superstição, a Bélgica caiu perdendo gols incríveis no abafa final. Pois não foi assim com o Brasil em 2018, Courtois salvando?
Um time cansado, sem aquele ímpeto do passado, burocrático até, carente do brilho de De Bruyne e com Lukaku lesionado, não teve nem as individualidades. Roberto Martínez fez linha de quatro atrás, depois voltou com o velho 3-4-3 no intervalo, por fim tentou um Lukaku que mal consegue correr, mas mas feito. Lukaku perdeu três gol incríveis, talvez pela falta de agilidade de enquadrar o corpo e, assim, finalizar na trave com o gol aberto.
A Croácia tem seu estilo, de posse de bola e troca de passes. Mesmo envelhecida, deve ser respeitada. Ninguém chega a uma final de Copa por nada. É disciplinada. Modric, 37 anos, e Perisic, 33, fecham linha na hora de marcar. Na Rússia foi assim também. Empate aqui, vaga nos pênaltis acolá, vai chegando.
Nesta quinta-feira, Bélgica e Croácia fizeram um jogo igual no Al Rayyan Stadium, mas o goleiro Courtois trabalhou mais do que Livakovic antes do sufoco belga no finzinho, empilhando atacantes e meias e erguendo bolas na aérea. Mas nada a ver com aquele futebol estratégico e envolvente do passado.
Seguem os bravos e unidos croatas. Ficam pelo caminho os displicente e desunidos belgas.