
Surpreso com a expectativa de público divulgada pela Arena Porto-Alegrense, administradora do estádio tricolor, saí do estúdio onde fazemos o Sala de Redação e, já em GZH, um andar acima no prédio da RBS, na Avenida Ipiranga, fui conferir com o repórter Filipe Duarte, que na quarta-feira (12) era o xerife dos assuntos relativos ao Grêmio. Seriam só 27 mil?
— Doze — respondeu o Filipe.
Levei um susto.
— Como assim? — retruquei.
— Doze mil — insistiu ele.
— É que a Arena POA acaba de divulgar o boletim mais recente: 12 mil vendidos. Segue a previsão de 27 mil no total.
Desde a nossa conversa, faltavam quatro dias para domingo, contra o Bahia. Tem tempo ainda. Suponho que Renato usará o seu carisma para, durante a entrevista de sexta-feira, suplicar casa cheia.
Não é jogo comum. Não é jogo para 30 mil. É jogo para 50 mil e mais telão instalado na Esplanada para quem não conseguir entrar.
O Grêmio subirá mesmo se não vencer, porque seus adversários não irão triunfar uma atrás da outra, mas o fato é que, despachando o Bahia, além de se manter na vice-liderança, a paz reinará no Humaitá.
Ou alguém acredita que o Grêmio pode não subir com 60 pontos?
Duvido dessa projeção de 27 mil.
Não é hora de o torcedor, irritado com Thiago Santos ou Guilherme, ficar em casa. O momento é de respirar fundo e pensar na instituição. Eles passarão. O Grêmio passarinho, tomando emprestado o verso de Mário Quintana. O craque do time nesta Série B caseira é a torcida. Sem ela, nada feito.