A Ponte Preta é péssima. Caiu no Paulistão. Não sabe atacar, seja reagindo ou propondo. Não chutou no alvo em ocasião alguma. Por isso o empate em 0 a 0 em Campinas foi ruim. Foram dois pontos pedidos, e não um ganho. Antes, tudo bem festejar um ponto fora. Mas diante do cenário de cinco chances claras do Grêmio para abrir o placar, uma delas um pênalti desperdiçado por Lucas Silva, aí foram pontos não somados rumo ao acesso.
Motivo de pânico, de entrar naquela espiral do ano passado? Não creio. Não há motivo para pânico. O adversário não ameaçou, e isso é positivo. Era só Lucas Silva não cobrar tão mal o pênalti e a ideia da estreia seria outra. Seria de "entender a competição". Se ganhar os dois jogos em casa, da Chape e do Guarani, este empate nem fica tão ruim assim.
A questão é a advertência. A Ponte se fechou, e aí o Grêmio sofreu para criar. Tanto que das cinco oportunidades, apenas uma, de Bitello, foi em jogada construída com posse de bola. As outras foram mais em erro do adversário e desarmes: 26 a 18 neste quesito. Neste aspecto, as trocas de Roger não alteraram a característica do meio-campo. Se Gabriel Silva entrasse na vaga de Lucas Silva, aí sim. Mas saiu Campaz. Janderson na direita e Biel na esquerda é seis por meia dúzia em relação a Campaz e Ferreira, pensando na característica.
Roger poderia ter sido mais ousado, contra um time incapaz de criar. Penso que estes dois jogos em casa, com bom gramado e estádio lotado, falarão mais sobre de que maneira o Grêmio terá de agir para somar os pontos do acesso.