Era para ser a noite da redenção, de sair do Z-4 com a torcida de volta, mas o Grêmio conseguiu levar dois gols do pior ataque do campeonato. Chegou a estar perdendo por 2 a 0. Descontou com golaço de Douglas Costa, lance que salvou sua atuação.
De resto, o Grêmio ficou reduzido a boas erguidas para a área. Fez isso 45 vezes, mesmo quando o Sport se retrancou com três zagueiros e fez linha de cinco atrás. A atuação defensiva dos volantes Thiago Santos e Villasanti foi ruim.
Hernanes, um veterano, jogou solto e armou o inofensivo Sport a noite toda, sem que o meio-campo tricolor o marcasse. Campaz entrou no segundo tempo e melhorou muito o setor de criação. Por que não vinha recebendo chances?
Ferreira saiu em nome de Everton Cardoso. Como se explica? Guilherme Guedes melhorou o lado esquerdo no lugar de Rafinha. Por que não pode ser ele o titular? Felipão tem de mexer em algumas peças. Não em 10, claro que não. Mas em algumas, qual o problema?
A péssima atuação consolida a ideia de que a vitória com o Flamengo foi episódica. O Grêmio real de Felipão é mesmo o de domingo (3) e o que jogou contra o Athletico-PR. Duas derrotas seguidas com atuação assustadora, valendo-se do balonismo FC como solução ofensiva. Mesmo com muito tempo para treinar, não se vê se evolução tática e técnica. Sofrimento à vista.