É um dos jogos mais importantes da história do Grêmio. Se perder para o Cuiabá, no Mato Grosso, o time do Pantanal abre 10 pontos de vantagem na luta contra o rebaixamento. Difícil buscá-lo. Se, na sequência, patinar em casa com o Bahia, outro candidato a Z-4, este a oito pontos de distância, será muito complicado para o próprio Felipão.
No meio da semana seguinte tem o Flamengo pela Copa do Brasil, e depois um Corinthians em recuperação com Giuliano e Renato Augusto. E se o Grêmio assinasse uma de suas tantas cenas épicas e ganhasse do esquadrão de Renato? Seria um fato novo poderoso. A confiança ganharia um gás, já que a falta dela claramente está travando corações e mentes, inclusive nas entrevistas pós-jogo.
O fato é que essa rodada isolada contra o Cuiabá tanto pode ser a do alívio reconfortante, quanto a da crise sem precedentes.
Por ser a partida seguinte a cobrança de Felipão por mais garra, após a derrota doída nos acréscimos para o São Paulo, é de se observar a reação dos jogadores. Ninguém gosta de ser exposto dessa maneira pelo chefe. O moral pode restar abalado e prejudicar o rendimento ainda mais. O técnico deve promover a estreia de Villasanti. Chegou, mal treinou e fardará.
Foi assim com Borja. Não condeno. A situação é de emergência. Tem mesmo de arriscar todos os cartuchos. Maicon pode pintar de salvação criativa, à espera de Campaz, já que Jean Pyerre segue em AM enquanto o time exige FM.
Diego Tardelli, Thiago Neves, Robinho, Piñares, André, Vanderlei, Victor Ferraz- e outros menos votados: a devastação que dois anos de contratações caras sem sucesso podem ocasionar, dia após dia, na remontagem de um time.