O empate sem gols no Gre-Nal 433, realizado na tarde deste sábado (10), pelo Brasileirão, foi pior para o Grêmio por dois motivos. Primeiro, porque se afunda na lanterna. Segundo, porque foi de uma pobreza técnica e falta de ousadia em casa preocupantes.
Não dá para cobrar de Felipão, que mal teve tempo de conversar com seus jogadores. Apostou em se fechar e jogar por uma bola, especialmente no segundo tempo. Não fosse por Chapecó, com quatro defesas salvadoras, perderia o clássico. Enquanto Daniel não trabalhou.
Cortez, Alisson, Fernando Henrique: as escolhas de Felipão foram para se defender. O pecado do Inter, talvez, tenha sido demorar muito para acreditar que, sim, podia vencer. Quando o fez, na reta final do jogo, empilhou chances claras. Yuri Alberto foi o melhor do Inter, lutando e buscando o gol, sempre. Só não fez gol porque Chapecó estava iluminado.
Aguirre escalou um time com suas melhores opções, ainda que algumas sem ritmo: Taison, Moisés e Saravia. Não fez uma atuação de quem vai brigar por G-6, mas foi superior. Deixou a impressão de que, com os titulares voltando, pode se recuperar mais do que o Grêmio.
Os destaques
Pelo Grêmio, claro, Chapecó. E, Fernando Henrique, pela personalidade. Felipão pediu a ele para não se aventurar, e ele guardou posição ao lado de Bobsin. No Inter, Yuri assumiu o jogo e finalizou bastante, superando Geromel e Kannemann. Bruno Méndez deu até balãozinho em Diego Souza.
As decepções
Edenilson e Patrick, especialmente o primeiro, decepcionaram no Inter. No Grêmio, Rafinha já merece a reserva de Vanderson. Está jogando no carteiraço. Douglas Costa, sem ritmo, mesmo após sete jogos, não é nem sombra do que se espera.