O Inter não foi inferior ao Grêmio. Não jogou mal. É exagero fazer terra arrasada. Se o resultado fosse 1 a 0 para time de Ramírez, não seria absurdo algum. Talvez até o olhar para os movimentos do jogo de posição fosse mais suaves.
Aquele lance em que Lucas Ribeiro avança livre e a bola tira tinta da trave, por exemplo. Seria o gol do zagueiro construtor. Outro momento: a saída de trás lenta até a aceleração permitida pelos homens de frente, que se mexeram e possibilitaram o passe vertical com menos risco de a bola voltar imediatamente. Bruno Praxedes saiu na cara do gol, bloqueado no último instante por Ruan e Brenno. Não existe "se" em futebol, mas tem jogo que o derrotado não tem isso.
AJUSTES - No meio, Dourado, Edenilson e Praxedes vão se acertar. Com Coudet, Edenilson demorou um pouco a encaixar, mas logo cresceu. Ele tem leitura. Não será diferente agora. Dourado evolui a cada jogo, sem erro atrás e melhorando na construção. Foi o melhor do Inter no Gre-Nal. Até achei que ia demorar mais para se adaptar.
O problema está nos lados. Rodinei e Moisés não mostram repertório por dentro, com o campo ampliado. A saída de bola trava quando chega até eles.
As extremas de Ramírez precisam do um contra um. Patrick ainda não reeditou 2020, pela esquerda. Caio Vidal desabou de rendimento. O Inter precisa de ponteiros que driblem. Que ao menos tentem.
Como fez Léo Chú.