Declarações lá e cá, antes de jogos com cara de final, como este Flamengo e Inter, são normais. É assim desde que Charles Miller desembarcou no Brasil com uma bola debaixo do braço disposto a promover o nobre esporte bretão nas escolas chiques de São Paulo.
O presidente colorado Alessandro Barcellos mandou de cá, após a vitória sobre o Vasco. Marcos Braz devolveu. O vice de futebol do Flamengo é muito habilidoso nos bastidores. É político.
Quem se mete com ele nas questões internas do clube fica com dias contados. Elegeu-se vereador no Rio com sobras: 40.938 votos, pelo PL. Já integra a mesa diretora da Câmara de Vereadores. Mira vôos mais altos, Assembléia ou Congresso, talvez, em dois anos.
Quando Marcos Braz diz “já passei da fase de ficar discutindo pela imprensa. O que temos que fazer é diferente do que ele (Alessandro Barcellos) está fazendo”, o recado está dado. E com total transparência. Fará pressão nos bastidores, com seus argumentos, na legítima condição de dirigente. É o que ele deu a entender ao alfinetar Alessandro Barcellos.
A sede da CBF, na Barra da Tijuca, Avenida Luiz Carlos Prestes, não fica tão longe assim da sede administrativa do Flamengo, na Lagoa Rodrigo de Freitas, Avenida Borges de Medeiros. No endereço, dois gaúchos. Só no endereço.