O Inter viajou a Santiago, no Chile, para enfrentar a Universidad Católica, nesta quinta-feira (22), pela Libertadores, com força máxima. Nenhum titular ficou em Porto Alegre se preservando para domingo (25), no emblemático jogo diante do Flamengo, uma espécie de "final" do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, no Beira-Rio. O Inter, como se sabe, lidera a competição, seguido de perto por Flamengo e Galo.
Mesmo que o Flamengo tenha enfrentado o Junior Barranquilla com preservações, nesta quarta-feira (21), e ainda por cima no Maracanã, o que lhe dá um dia a mais de descanso na relação com o Inter pensando no domingo, faz sentido o esforço do Inter. Há uma questão financeira vital para o clube em jogo lá no pé da Cordilheira dos Andes, onde o time de Eduardo Coudet precisa somar um ponto para se garantir nas oitavas da Libertadores sem depender do resultado de Grêmio x América-COL, que jogam na Arena.
A Conmebol aumentou a premiação por fase da Libertadores. Alcançar as oitavas garantirá aos combalidos cofres colorados quase R$ 6 milhões. Serão R$ 5,8 milhões. O dinheiro é pago à vista pela Conmebol. O Brasileirão também premia por posição na tabela, mas só na em fevereiro, quando o campeonato acabar. O Inter precisa de liquidez agora para honrar compromissos e não deixar os salários atrasarem.
Em resumo: não pode correr riscos em San Carlos de Apoquindo, estádio de futebol localizado no bairro de Las Condes, uma das 32 comunas de Santiago do Chile, onde a Católica manda seus jogos. Não ir às oitavas é uma possibilidade remota, eu sei. Até com derrota o Inter poderá se classificar. Bastaria que o Grêmio, em casa, ávido pela primeira colocação no grupo, ao menos empate com o América-COL.
Portanto não dá para arriscar. Não se o risco for de R$ 6 milhões à vista. O Inter foi com todos à disposição, e fará a preservação visando ao Flamengo conforme a rodada caminhar.