Foi um jogo de erros, quadrado, cheio de divididas, sem fluência com troca de passes e ocupação de espaços. Resultado das escalações. O Inter rodou elenco, por lesões, covid (Lindoso) e preservações decididas por Eduardo Coudet.
O Palmeiras sabe se defender, com o meio-campo recheado, mas ataca mal, sem lucidez. Já passava de meia hora do segundo tempo e não havia finalização certa de nenhum lado.
Lomba e Weverton viveram de intervenções. O 1 a 1, em grande parte conquistado por uma gurizada colorada, é extraordinário para o Inter. Não perde fora de casa para um candidato a título e se mantém na liderança com a melhor defesa.
Johnny (depois Jussa), na função de Lindoso, Nonato (meia central) e Praxedes (direita na linha de três) superaram expectativas. Jogo complicado, tenso. Eles deram resposta madura e coletiva. Moledo mostrou que é um grande zagueiro. Tirou todas pelo alto e ao menos não comprometeu na saída de bola.
O desentrosamento eliminou as infiltrações, matando o ataque pífio de Sarrafiore e Marcos Guilherme, mas o time sempre tentou jogar no modelo de seu treinador, mesmo errando e se atrapalhando em passes e triangulações.
A entrada de alguns titulares na segunda etapa (Galhardo, Edenilson, D’Ale) deu ao Inter retenção de bola para garantir um belíssimo ponto somado. Os acréscimos foram melhores do que o jogo todo, com o gol de pênalti de Galhardo e o empate imediato de Luiz Adriano, no vacilo de Moisés. Agora, se vencer Bahia e Ceará em casa, faz espessa gordura antes da Libertadores e se consolida como líder. É uma campanha sólida.