Renato Portaluppi transformou um problema em solução no Grêmio. Não tinha Diego Souza, já convertido em centroavante clássico. Substituto, não há. Em vez de exigir de Isaque, um meia, algo que ele não sabe fazer, o técnico o usou como falso 9 mesmo.
Ele não apenas recuou para fazer pivô, mas flutuou e somou a Matheus Henrique, Maicon e Jean Pyerre, abrindo a área para Pepê e Alisson entrarem em diagonal como avantes. O gol de Pepê nasce exatamente assim. Com mais posse de bola e finalizações, o Grêmio venceu com naturalidade, ao seu estilo. Maicon regeu.
Jean Pyerre arriscou mais de fora da área e foi também solidário, ajudando coletivamente. O Caxias, dentro de suas limitações, foi valente e digno. Levou gol cedo, a 8 minutos. Sentiu a falta de ritmo com 30 dias sem jogar. Sentiu os cinco desfalques.
Mas em nenhum momento desistiu e abandonou o seu estilo, que não é de só especular atrás. A lesão muscular de Pepê atrapalhou os planos do Grêmio no jogo.
O Caxias veio para cima, na bola aérea, mas nada grave. O golaço de Everton (2 a 0) praticamente define o Gauchão, com o tri azul após 32 anos.