Para um Gre-Nal do qual pouco se esperava pela falta de ritmo, após quatro meses de recesso, foi um clássico movimentado. Um jogo de muitos erros de passe, claro, como era de se esperar, mas com dois times tentando jogar ao seu estilo. O Grêmio, cadenciando e entrando na partida aos poucos. O Inter, marcando adiantado até onde o pulmão permitiu.
O Inter começou melhor, envolvente, circulando a bola perto de Vanderlei. Até criou situações, mas não chances claras de gol. O passe final sempre falhou no Inter. Depois do pênalti desperdiçado por Everton, no qual Daniel Bins errou ao não expulsar Musto, que já tinha sido advertido, o Grêmio ganhou confiança. Já foi para o intervalo arriscando marcação alta, pois o Inter errava na saída de bola.
Aí, a mudança que ganhou o jogo para o Grêmio. Renato trocou Maicon por Darlan e acertou o meio-campo, tornando-o mais dinâmico. Com mais pegada do seu lado, Matheus soltou-se e colocou o jogo no bolso. Ele foi mais armador até do que Jean Pyerre, autor do gol único, de falta, com matizes aleatórios pela bola que bateu nas costas de Moisés e enganou Lomba, mas ali o Grêmio já controlava o Gre-Nal. E foi assim até o final do clássico que marcou o retorno do futebol no RS.