Falemos do Caxias, único a levantar taça em 2020, a do título do primeiro turno do Gauchão. Conversei com Rafael Lacerda, o jovem técnico que garantiu vaga na final com um time equilibrado, capaz de vencer os grandes sem retranca, de cabeça erguida. Ele será o tema da minha coluna da superedição de ZH de fim de semana.
Nela, abordarei a incrível terapia de sucesso que ele liderou lá no Centenário, para além da parte tática, apesar de seus 35 anos. Mas isso fica para o fim de semana. Lacerda quer voltar a treinar. O Caxias está a postos, com testes comprados para aplicar de 10 em 10 dias. Os protocolos de segurança sanitária em nada deixarão a desejar aos de Grêmio e Inter.
Uma seleção de médicos e infectologistas montou tudo. O técnico ligou para seus atletas individualmente, e todos entendem que estarão mais seguros treinando nessas condições do que se forem ao supermercado. Não suportam mais os exercícios online.
Lacerda não entende as razões que levam a Prefeitura a proibir treinos físicos, liberados em Porto Alegre com a mesma bandeira laranja. Crê numa solução em breve. Minha percepção: se deixarem o Caxias trabalhar, o campeão do turno vem com tudo para ser campeão gaúcho.
O EMPURRÃO CERTO
A Premier League, na Inglaterra, anunciou na quinta-feira (28) que a bola rolará na segunda semana de junho, assim como na Espanha. Os dinamarqueses organizam audiências em telões de dentro do carro, revivendo os cinemas drive-in dos anos 1970. Os japoneses, claro, bolaram um aplicativo que permitirá a interação em tempo real com os jogadores, através de mensagens, imagens e áudios mostrados dentro do estádio.
Na Bundesliga, ao que parece, cânticos gravados e som lá em cima viraram regra. Os próximos dias serão de overdose de futebol. Messi e CR7 em campo têm impacto. Repito: a proliferação dos jogos pode dar um empurrãozinho para a volta do Gauchão. Com todo mundo testado, não é tão complexo assim. Os números controlados aqui na Província são melhores do que em muitos países da Europa.