Conversei com o presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Luciano Hocsman, e ele me disse que não há novidades em relação ao retorno do Gauchão. Sem datas. Sem reunião marcada com o governador Eduardo Leite, cujo plano de distanciamento controlado permitiu aos clubes treinar a parte física, mas sem trabalhos coletivos. A bola já entrou nas rotinas de Grêmio e Inter, sim, mas só em trabalhos em separado.
Futebol de verdade, em Porto Alegre, só quando a bandeira passar de laranja para amarela, no mapeamento criado pelo Palácio Piratini para medir a resultante entre segurança sanitária, aceleração do vírus e número de leitos.
Perguntei ao Hocsman se ele crê que a volta do futebol na Alemanha e na Espanha, cujos números da pandemia são até piores do que os da Província de São Pedro, não poderiam criar um clima melhor para o Gauchão fazer história e ser o primeiro a voltar no Brasil. A resposta dele me alertou para uma questão.
Mesmo que a permissão viesse imediatamente, a bola não rolaria. É que os clubes do Interior ainda estão bem atrás da Dupla quanto a pré-temporada. O São Luiz, por exemplo, recém retornou. Aqui do outro lado do balcão, só para trabalhar com uma esperança boa e zero absurda em nosso contexto, nada a ver com o Flamengo forçando a barra no caos carioca, ainda creio no crepúsculo de junho.
Será?