Caxias, Esportivo e Aimoré, que defendiam a manutenção do Gauchão, sensatamente perceberam a gravidade da crise sanitária mundial e suspenderam atividades. Não vão nem treinar, assim como Grêmio e Inter, seguindo tendência da maioria dos clubes na América do Sul. Pior do que errar é insistir no erro.
O recuo chega a tempo e merece elogio. A pandemia é uma realidade nova. Não estamos acostumados a lidar com ela. Ninguém está a salvo do coronavírus. Até piadas de que nos grotões só se pega bicho de pé, clássicas nas redes sociais, perderam totalmente a graça por uma razão simples: são mentirosas.
Passo a passo
A partir das decisões urgentes e amargas que, se não fossem tomadas, agravariam a pandemia pelo risco de contágio da covid-19 através do esporte, novas realidades vão surgindo. A dos clubes que disputam a Divisão de Acesso é uma delas. É preciso enfrentá-las. O campeonato parou com três rodadas. Os valores das bilheterias e bares durante os jogos são pequenos, mas sem eles é pior ainda.
Como pagar salários sem arrecadar nada? A FGF terá de pensar em ajudar de algum jeito, nem que seja repassando valores até tudo se normalizar. É uma situação jurídica atípica. Um passo após o outro, claro, mas o risco de quebradeira geral se nada for feito existe.
Na marra
Se Luciano Hocsman passar incólume pela avalanche de problemas que desabou sobre sua cabeça logo nos primeiros meses de sua gestão, o que vier depois será brincadeira de criança. Em tempo recorde, na marra, terá acumulado mais experiência do que nos 16 anos de seu antecessor, Francisco Novelletto. Será o novato mais experiente de todos. Por enquanto, está se saindo bem, atuando como mediador sem deixar de agir rápido. Não gostar de holofotes ajuda muito nessa hora.