Esse árbitro que deu cartão amarelo para Neymar — por ele ter dado um balãozinho no adversário durante a goleada de 5 a 0 do PSG sobre o Montepellier —, só pode ser um misto de chato, arrogante, pavão e infeliz.
Chato porque não faz sentido punir o talento como recurso técnico: a inesperada lambreta o livraria de dois marcadores de uma só vez, no campo de ataque.
Arrogante porque, diante da natural irritação de Neymar, e nesse momento qualquer um fala no idioma pátrio, o árbitro exige que ele fale francês.
Pavão porque teve os seus segundos de fama, algo que jamais conquistaria por conta própria.
Por fim, é um cidadão infeliz porque chatice, arrogância e pavonice excluem a felicidade sincera.
E a caneta? E a meia-lua? Será o drible perverso como o carrinho, já que ambos merecem cartão amarelo? Jérôme Brisard, desde já o pior árbitro do mundo, merece punição exemplar e educativa da Fifa: um ano de suspensão.
O mais incrível é que os próprios jogadores do Montpellier não reclamaram da lambreta. Irritaram-se com a superproteção do árbitro. Sentiram-se feito bebês chorões chamando o pai superprotetor, certamente. Receberam o cartão com visível espanto.
Neymar deve ser criticado pelos erros, e não por seus acertos. Punir o drible é matar a essência do futebol. É o seu próprio fim.