A multa rescisória do contrato de dois anos assinado por Eduardo Coudet com o Inter equivale a dois meses de salário. Um ouvinte do Sala de Redação perguntou. Dúvida interessante. Não é incomum, para treinadores estrangeiros, surgir uma proposta de fora. O colombiano Juan Carlos Osorio trocou o São Paulo pela seleção do México.
Se o argentino ganha mesmo R$ 700 mil no Beira-Rio, como dizem, a multa é R$ 1,4 milhão. Sob este aspecto, não seria mesmo difícil tirá-lo do Inter. Agora, pagar salário melhor? Aí são outros quinhentos. Duvido muito.
PALAVRA-CHAVE – O atento Bruno Halpern, repórter da RBS TV, teve a luminosa ideia de fazer silêncio e prestar atenção nos sons do Beira-Rio. Só ouviu a voz incessante do técnico, cuja cobrança por rotação alta é frenética. Exigiu até mais força no passe, para ser mais um ingrediente na hora de acelerar a transição.
O Bruno também pediu aos jogadores que resumissem em uma palavra as primeiras impressões do novo chefe. Ganhou "intensidade" fácil, com 100% de aproveitamento em respostas imediatas. A obsessão pela recuperação da posse de bola também foi unânime como exemplo dessa palavra-chave: intensidade.
SILÊNCIO – Coudet não concederá entrevista em véspera de jogo, uma tradição nacional do futebol brasileiro respeitada pelos técnicos estrangeiros que aqui trabalham e trabalharam, inclusive Jorge Jesus no Flamengo e todos os outros profissionais de fora que ocuparam o cargo no Inter.
Esperava-se que ele falasse nesta quarta, antes do jogo contra o Juventude. Imagino que será orientado para as próximas. Não há motivo para não se comunicar com a torcida, ainda mais diante da expectativa em torno de seu respeitado trabalho, que se anuncia inovador e de ruptura.