O Grêmio vai pontualmente se reforçar como nunca antes nas gestões anteriores de Romildo Bolzan. Pelo menos é o que indicam os resultados financeiros apresentados na reunião do Conselho Deliberativo. Até o terceiro trimestre de 2019, o Grêmio registrou receita bruta de R$ 299 milhões, valor que é 29,4% acima do que se imaginava para o período. Outro resultado que melhorou é o Ebitda, indicador financeiro que representa quanto a instituição gerou por meio de suas atividades operacionais, que subiu 16,9% em relação a 2019. Essa é a conta dos ganhos do clube, antes de descontar pagamento de impostos, juros, amortização e depreciação.
SUPERÁVIT – A totalização do exercício costuma ser anunciada em março do ano seguinte. O sonho é bater o recorde de 2018: superávit de R$ 54 milhões e receita bruta de R$ 402 milhões. O passivo e o endividamento bancário vêm sendo reduzidos, segundo Romildo Bolzan e o CEO, Carlos Amodeu. Houve incremento de sócios. Para 2020, o Grêmio projeta receita bruta de R$ 341,9 milhões e Ebitda de R$ 84,2 milhões. O superávit projetado é menor (R$ 1,1 milhão), seguramente já prevendo mais investimento no futebol. Se a maioria dos clubes está endividada, o Grêmio navega em lucro ano após ano.
RENATO – A apresentação indica que a frase de Renato, mesmo produzida mais na intuição e no empirismo (ele não é gestor), está imantada de razão. O Grêmio pode não ter o dinheiro de Flamengo e Palmeiras para contratar jogadores acima da média, mas é preciso levar em conta que tem uma ótima base pronta. Terá recursos, ainda mais se entrar fatia gorda na revenda de Tetê, do Shakhtar para o Milan. Ou, ainda, se passar adiante algum supersalário, como Tardelli. Há, ainda, a questão Luan: ele tem jogado pouco e poderá assinar pré-contrato em seis meses. Hoje, a relação custo-benefício deles, inchando a folha, é negativa.