A verdade revelou-se já no empate na Arena. O Flamengo é muito melhor. Não apenas do que o Grêmio, mas do que qualquer time do Brasil. Mas apanhar de 5 a 0 é inaceitável. Só o Grêmio tomou cinco em uma semifinal de Libertadores. E ficou barato. Por compaixão, o time de Jorge Jesus não fez mais mais. Lembrou o 7 a 1 de Brasil e Alemanha. No confronto aliás, foi quase: 6 a 1.
O Flamengo fechou o jogo com algo perto de 70% de posse de bola e uma overdose de finalizações, contra três do Grêmio, duas erradas. A ideia de se retrancar com Paulo Miranda na lateral direita e Michel no lugar de Luan, soltando Maicon, funcionou só na primeira meia hora. Aos poucos, a qualidade do Flamengo foi amassando o Grêmio. E virou desastre já antes do intervalo. Paulo Miranda se tornou avenida. Geromel naufragou ao cobri-lo. Ele e Kannemann, dois esteios tricolores, fizeram a sua pior atuação no Grêmio. Maicon baixou de rotação.
Mas o defeito maior foi na hora de ter a bola. Montado só para defender, o Grêmio errou passes, sobretudo Michel. O primeiro gol do massacre nasceu de um passe enforcado de Michel. Miranda e Michel, diante da urgência e lesões, não dá para condenar. Mas André foi erro grave. Ele não finalizou e nunca reteve a bola na frente.
Um vexame do Grêmio, que agora terá de ter resiliência para ouvir piadas e se recompor a tempo de não desandar tudo no Brasileirão.