MASSACRE NO RIO - O tombo foi grande. O Grêmio experimentou sua maior derrota, ao ser eliminado na semifinal da Libertadores pelo Flamengo por 5 a 0. Poderia ter sido mais. O time de Jorge Jesus tirou o pé quando o massacre se consumou.
Paulo Miranda na lateral não tocou na bola. Michel errou muitos passes. E André foi o de sempre. Paulo Victor não levou frango, mas o combo de sua atuação na Arena pesou. Ficou a sensação de que todo chute entrava.
O Grêmio já esteve em situações ruins com Renato Portaluppi e se recuperou, mas nenhuma tão pesada como esta, sobretudo pela insistência do técnico em proclamar o time como melhor do Brasil, mesmo sem chegar às finais da Copa do Brasil e Libertadores. Não é caso de terra arrasada em outubro, mas é essencial dar resposta imediata contra o Botafogo.
"Tomamos cinco gols em cinco erros nossos" (Renato Portaluppi, ao explicar a derrota)
NOVO TÉCNICO - Sem o ficha 1, que é o argentino Eduardo Coudet, do Racing, aguardado para quando o Brasileirão terminar, em dezembro, o ficha 2 foi apresentado e teve uma semana de treino pela frente no Inter. No discurso, música para os cansados ouvidos colorados, como mudar a postura fora de casa e ser mais corajoso para somar pontos sem depender tanto do fator Beira-Rio.
Aparentemente, os jogadores gostaram. O desastre do Grêmio ajudou a aliviar o ambiente. Sem Patrick e D’Ale, diante do Bahia, sábado, anuncia-se time ofensivo, em escalação e esquema. O risco é, sem o tripé de volantes, o conjunto estranhar e vazar na defesa.
Não sei se de fato o Inter será tão atacante assim em Salvador, mas Sarrafiore tem de jogar, no lugar do uruguaio Nico López ou de qualquer outro. O momento é dele. Merece uma chance desde o início.