Sobre a cláusula de barreira para eleições ao Conselho Deliberativo do Inter, duas questões. A primeira: a cada dois anos pode-se mudar artigos do estatuto, mas só acerca de pontos intactos há quatro anos, no mínimo. A última "reforma" foi em 2015, com a criação do conselho de gestão, entre outras mexidas.
O Inove, de oposição, propõe cláusula entre 15% (como é hoje) e 5%, proporcional ao quórum total de eleitores. Quanto mais votos, menor o percentual. O objetivo é democratizar a representação.
Acorda Conselho, Sócio Deliberativo e Sócio Independente, que não alcançaram a cláusula no último pleito, defendem o fim da barreira. Os movimentos que elegeram Marcelo Medeiros, de situação, defendem 15%.
O prazo para apresentar emendas propondo alterações termina nesta sexta-feira. Uma comissão especial as analisará até o fim de setembro, quando serão entregues à mesa do Conselho. Caberá ao presidente José Aquino Flores de Camargo decidir quando serão votadas.
Outro ponto que pode sofrer alteração é o tempo de mandato do presidente e dos cinco membros do conselho de gestão. Passaria de dois para três anos. Aqui, há chance de consenso. Tanto situação quanto parte da oposição concordam.
A lógica é de que dois anos é pouco para implementar mudanças substanciais. Como está agora, já no começo do segundo ano, o ritmo eleitoral invade os bastidores e atrapalha aquela paz mínima para quem está no poder tocar o barco. As novas regras valeria já para a próxima eleição, no fim do ano.